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A mostrar mensagens de fevereiro, 2007

Martin Scorsese ganha Oscar com The Departed

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Hoje gastei uma pipa de massa ao telemóvel a defender o Óscar do Martin Scorsese . Eu pensava que já não caía nestas, mas pelos vistos o bichinho cinéfilo ainda estrebucha e mais do que eu pensava. Nem eu nem o meu interlocutor tínhamos visto os filmes nomeados para melhor direcção mas ele teimava que fora mal atribuído. Talvez. Até desconfio que Clint Eastwood possa ter sido melhor. Mas Scorsese já merecia um boneco careca. Um destes dias ainda batia a bota e depois lá vinha a Academia atribuir-lhe um Óscar Honorário, levantar-se de pé e bater palmas, chorosamente. Foi melhor assim. E Eastwood já teve o seu, era Imperdoável que Scorsese não o conseguisse depois de anos e anos a laborar exímio na 7ª arte.  Desde sempre me lembro de associar o nome de Scorsese a bom cinema embora nem sempre de fácil digestão. O seu último, O aviador, era tal e qual a fortaleza voadora do Howard Hughes nele retratada - um filme extravagante e sumptuoso, com pormenores deliciosos como a interpret

Quem vai levar o Oscar de melhor filme em 2007 é...

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Hoje à noite há Óscares para a sobremesa. Ou não será antes para a ceia? Anos houve em que esta entrega de prémios era pretexto para grandes farras e discussões cinéfilas pela noite dentro. Hoje já não é tanto assim mas continua a suscitar o meu interesse como cinéfila que sou. O MSN tinha na sua página uma lista dos directores, actrizes e actores, e filmes mais premiados de sempre, cada um com onze estatuetas carecas. Nenhum deles se encontra na lista dos meus filmes favoritos, apesar de ter visto Ben Hur três vezes, Titanic duas vezes e Lord od the rings (cada um) uma vez. Há coisas fantásticas, não há? Os resultados estão aqui ! The Departed - Melhor filme Babel Letters From Iwo Jima Little Miss Sunshine The Queen

Receita de sucesso para blogues de insucesso

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Quando criei este blogue não dava nada por ele, o menino-dos-meus-olhos era o Papelustro. Porque o Papelustro apresentava um conteúdo realmente original, em forma de imagens, e eu sou mais das imagens do que das palavras. Ou pelo menos gosto de pensar assim. Ora eu pensava que se uma imagem valia mais do que mil palavras, certamente valeria também mais do que mil visitas. E, de facto, não me enganei. As visitas têm sido as suficientes para manter a tesoura activa. É lá que me dedico ao corte. Mas não à costura. E mesmo que as visitas não fossem suficientes! Estou tão enfeitiçada pelas criaturinhas que recorto das revistas que continuaria o meu afã. Mas o ritmo de visitas não se compara ao das visitas ao Palavras-Cruzadas.  Interrogo-me actualmente sobre o que poderá fazer o sucesso de um blogue. Até porque, como terão reparado, aliei publicidade aos meus blogues. Testo, de momento, a sua capacidade de gerar receita enquanto torço o nariz ao desarranjo gráfico que os anúncios produz

Tenho um blogue porque tenho formigueiro na cabeça. E você?

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O que eu afinal gosto nisto da blogagem é de me sentar descontraidamente e de me deixar levar até àquele lugar ermo do meu cérebro onde existe um grande formigueiro de palavras. E então assopro uma e duas vezes para dentro e elas agitam-se e começam a sair profundamente irritadas e em grande alvoroço antes de eu as conseguir domesticar e se alinharem em carreiros, um, dois, três, meia dúzia, lá surge a postagem apressada, em corridinho, no branco do ecrã. Este blogue dá-me um pretexto para escrever, ou seja, para agitar o formigueiro. Penso que ninguém começa um blogue se não tiver um formigueiro igual ou parecido com o meu dentro da sua cabeça. Refiro-me, claro, a blogues cujo conteúdo é a escrita.  Ora a blogagem veio acrescer uma nova forma de imaginação social às massas. Gerou uma nova espécie de irmandade, os bloggers, de que dantes apenas se podia encontrar um género ligeiramente aparentado nas multidões que concorriam nos estádios de futebol de um país, ou nas manifestaçõ

Mardi Gras é o famoso Carnaval de Nova Orleães

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De todos os Carnavais famosos o meu favorito é o Mardi Gras de Nova Orleães. Sempre nutri uma especial curiosidade por esta cidade tendo lamentado especialmente o facto de ter sido devastada pelo furacão Katrina há dois anos atrás. (Fotografias da actualidade, aqui , com nota para zonas recuperadas e ainda por recuperar.) A razão da minha curiosidade teve origem na música Jazz. Foi o Jazz que me apresentou a New Orleans e me levou a descobri-la. E também num músico dali natural – Harry Connick Jr.- de quem poderia dizer ter todos os discos não fosse ter emprestado um a um vizinho que entretanto lhe deu sumiço.(Tás a ler Manel? QUERO O MEU CD DE VOLTA!) O seu Carnaval foi impulsionado por famílias da alta sociedade que pertencem desde há gerações a grupos (Krewe) que realizam uma parada-criam e elaboram os fatos e espantosos carros alegóricos,-organizam bailes e outros eventos durante a quadra que se inicia no Natal e termina na Terça-Feira Gorda. De todos o mais conhecido é o Krew

Stop that pigeon! Parem esse pombo diabólico!

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http://www.hotink.com/wacky/dastrdly/ (Espreitem para ver cada uma das personagens) “ Stop the pigeon, stop the pigeon, stop the pigeon” …Quando eu era miúda lembro-me de cantar isto minutos a fio, possivelmente numa mistura de portinglês, o que devia causar uma suprema irritação aos meus pais. Era parte da cançoneta de abertura dos desenhos animados do Muttley , o cão com o riso mais escarninho que o cinema de animação produziu até hoje. Muttley e Dastardly são heróis da Iª Grande Guerra, pertencem ao Esquadrão Abutre e tudo fazem para impedir o pombo Yankee Doodle de entregar mensagens ao inimigo. Mas são tão desastrados, tão idiotas que sempre falham e o pombo lá vai, esvoaçante, vitorioso, a tocar a corneta! O esquema repete-se vezes e vezes sem conta, a situação é completamente disparatada e repetitiva: o Detestável Dick tem uma missão impossível e por mais que tente e falhe, não desarma! É uma espécie de exterminador implacável da sua era: colisões, explosões e q

Flores rubras e quase carnívoras, na neve

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Na brincadeira com o Photoshop enquanto a inspiração não chega - um bouquet de flores que parecem carnívoras.Alterei o título do post - dantes CARNÍVORAS - pois não penso que estas sejam carnívoras.Que têm ar de quem nos diz "eu vou-te comer", lá isso têm. Mas as aparências iludem!E ainda podia melindrar alguém com conhecimentos sérios sobre o reino vegetal, eu confesso que pouco ou nada sei sobre plantinhas. Mas sei que as plantas carnívoras atraem insectos exalando odores cativantes, não necessariamente perfumados, e que os matam de forma requintada, prendendo-os numa superfície pegajosa ou afogando-os. A pobre vítima é depois lentamente digerida, menos o exosqueleto, que talvez a planta cuspa fora, isso já não sei, e até admito que estou na brincadeira!Um verdadeiro filme de nojento terror! Os insectos são meros suplementos alimentares pois elas fabricam o seu próprio alimento.Só que habitam em locais onde não o conseguem fazer em quantidade suficiente por falta de

Prenda de aniversário: uma flor de Atenas

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Obrigada Dodos! Adorei a surpresa e a flor!

Uma prenda poética: Mensagem, de Fernando Pessoa, ilustrada!

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Nem rei nem lei, nem paz nem guerra, Define com perfil e ser Este fulgor baço da terra Que é Portugal a entristecer - Brilho sem luz e sem arder, Como o que o fogo-fátuo encerra. Ninguém sabe que coisa quer. Ninguém conhece a alma que tem, Nem o que é mal nem o que é bem. (Que ânsia distante perto chora?) Tudo é incerto e derradeiro. Tudo é disperso,nada é inteiro. Ó Portugal, hoje és nevoeiro... É a Hora!

Poesia: Aniversário, de Álvaro de Campos

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No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto. Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos, E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer. No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma, De ser inteligente para entre a família, E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim. Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças. Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida. Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo, O que fui de coração e parentesco. O que fui de serões de meia-província, O que fui de amarem-me e eu ser menino, O que fui - ai, meu Deus !, o que só hoje sei que fui... A que distância! ... (Nem o acho ...) O tempo em que festejavam o dia dos meus anos! O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa, Pondo grelado nas paredes... O que eu sou hoje (e a cas